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Há coisas que me acontecem que não fora pela gravidade das mesmas, até daria vontade de rir, porque são por vezes rocambolescas certas situações. Como sabem eu todas as manhãs vou a casa de meus pais, faço as camas, uma massagem à minha mãe, ponho as gotas nos olhos do meu pai e se a minha mãe está bem ainda dou uma pequena caminhada com ela. Essa é a minha rotina já há dois anos.
Tinha decidido ir à praia amanhã bem cedo, já me sinto bem, a minha mãe andava bem e portanto disse-lhe que não ia lá de manhã, que queria ir ver o mar e que quando chegasse que passava lá em casa, fez-me algumas recomendações como se eu fosse pequena, ri-me com ela e disse-lhe que eu já estava kota e não corria perigo... Dei-lhe o meu beijinho e disse até amanhã. Pois... deveria ser, mas não foi!
Ligou-me à tarde, chorava desesperada e enquanto a acalmava por telefone fui caminhando para a casa dela, é muito perto da minha. Quando lá cheguei estava o meu pai a tentar acalma-la . Perguntei que se tinha passado para estar tão alterada... Pasmei! Agarrou-se ao meu pescoço a chorar muito e a pedir-me para não ir à praia. Tenho medo que não voltes ou que te aconteça qualquer coisa... Segundo me disse o meu pai esteve a chorar toda a tarde, ou seja... mais uma crise de pânico! Acalmou depois de lhe prometer que não ia. Ela sabe que se eu prometo cumpro, mas porque não saberá que já sou adulta e velha para andar sozinha? É muito complicado! Bem... esta semana já não vou ver o mar!
Será que para ir tenho de mentir à minha mãe? Dar-lhe uma desculpa para a minha ausência de manhã? Não me parece, estou mais a pensar em levá-la comigo. Tenho de ver se o autocarro pára perto da praia, pois ela não pode andar muito. Ou então resolver ir num fim de semana, pois assim a minha filha leva-nos. Detesto ir á praia ao fim de semana... tem muita gente! E eu queria tanto estar sozinha! Bem, tenho de me rir da vida, antes que ela se ria de mim... Seja como for... qualquer dia eu vou! :-)
Rosinda