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No sábado passado, não tive a minha amiga "Joana" para me fazer companhia no café, tinha ido passar o fim de semana com uma irmã que tem na Suíça e que se encontra cá de férias. Bem... resolvi ir na mesma, sentei-me cá fora na esplanada na mesa do costume, é uma mesa que fica de frente para a estrada e para um chafariz, quando dá um ventinho a água salpica-nos a cara e é tão agradável...
Estava eu então a tomar o meu cafezinho e vejo que um carro abrandou de tal forma que os de trás começaram a buzinar. Olhei, vi que o condutor era um homem e me olhava fixamente, mas não o conhecia. O carro lá seguiu o seu rumo. Cheguei até a pensar que poderia ser algum cliente do café que eu tive e como já lá vão cinco anos não me lembrasse do rosto da pessoa. Enquanto ia pensando nestas coisas, vejo o mesmo homem vir direito para a explanada e sentar-se numa mesa perto da minha. Pus os óculos de sol para "cuscar" sem me ver e realmente eu não o conhecia, mas vi nitidamente que queria "treta". Toda a gente é desconhecida, até se conhecer! Pensei nestas palavras que a minha filha me disse numa altura em que falamos sobre eu sair e conhecer gente. Bem parece que o sujeito me leu os pensamentos... Dirigiu-se a mim e muito educadamente perguntou se podia sentar-se. Olhei-o nos olhos (sempre olho para as pessoas de frente, olhos nos olhos) , bem... a meio que a desculpar-se ele apontou as mesmas razões que eu tenho, é mais fresco aqui perto do chafariz...
Claro esteja à vontade! Eu já estava de saída... Ficou a olhar para mim com cara de pateta e eu devia ter cara de quem viu um rato. Parecia que tinha levado um murro no estômago! Levantei-me apressada e fui lá dentro pagar. Quando sai verifiquei que afinal a mesa não era a razão, pois a criatura estava na primeira que ocupou. Se eu não tivesse os óculos, ele veria o meu olhar de riso...
Mais tarde pensei que eu que até acho que é preciso dar alguma oportunidade à vida, portei-me de forma ridícula, mas foi o que senti. Será o receio de me envolver e sofrer de novo? Talvez... afinal o homem nem era má figura,e eu nem tive tempo de lhe ver as unhas... que espero estivessem limpas. Rosinda