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Do coração a todos desejo, BOM NATAL

por Rosinda, em 19.12.13

Penso que já deu para perceber (nestes quase cinco anos de blogs) que sou uma romântica e crédula criatura. Ainda que a vida me vá tentando alertar para as mudanças que realmente existem na nossa sociedade, tais como: desapego de sentimentos e valores, falta de educação, ambição desmedida que passa por cima de tudo e de todos, enfim uma caterma de coisas que, a descrevê-las, fariam deste post uma seca. Basicamente o que falta, é AMOR.

Vivemos quanto a mim numa era de palavras e, palavras sem actos são insignificantes. Não adianta dizer; Eu gosto muito de ti e passar meses sem querer saber dessa pessoa. Palavras vãs, sentimentos ocos.

A cada dia que passa mais sinto saudades, de tudo, de todos, de mim... Já não acredito tanto, mas ainda assim; Acredito demais da conta...

No primeiro ano deste blog eu participei num outro,era dedicado ao Natal. Nele ficou este vídeo onde cantei para todos. Fica o registo, os votos são os mesmos...

 

https://fotos.web.sapo.io/i/o080188bb/16418382_q8nyA.jpeg

PS: O meu telemóvel avariou à uns meses, comprei outro, mas perdi alguns contactos, que tinha alojados no telemóvel. O nº continua o mesmo e o  de casa esse então... é o mesmo à 30 anos!

Abraços

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publicado às 12:44

Burra de carga? Não, burra, só burra mesmo...

por Rosinda, em 05.02.13

Um pouco ausente dos blogs porque o diabo da minha coluna dói-me. A culpa foi minha que por causa das promoções vim carregada do Pingo Doce. A sério... eu sei que não faz o meu feitio, mas a crise muda tudo e comprar o óleo mais barato 50% dá jeito... O carrinho das compras ficou em casa e eu achei que podia com 16 garrafas de litro mais 2 colas de 2 litros e meio borrego... pois sei o que podem pensar... vim carregada como uma burra! Mas eu penso é que fui muito burra, pois embora não seja muito longe ( cerca de 500 metros) não o devia ter feito. Agora é sofrer as consequências  esperar que o Celebrex  (medicamento) faça o seu efeito. 

Entretanto tenho que vos dizer que estou muito orgulhosa de mim... mais de 100 dias sem fumar! E já não me custa nada, maravilha... 

"Agir, eis a inteligência verdadeira. Serei o que quiser. Mas tenho que querer o que for. O êxito está em ter êxito, e não em ter condições de êxito. Condições de palácio tem qualquer terra larga, mas onde estará o palácio se não o fizerem ali?"

Fernando Pessoa

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publicado às 20:43

Está tudo bem, apenas preciso de um tempo...

por Rosinda, em 29.08.12
Fotografia de Ricardo Ribeiro (meu primo)

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publicado às 16:43

Ainda não passou... mas vai passar!

por Rosinda, em 19.07.12

Nem sempre as coisas correm como desejamos. Cada vez mais me apercebo da minha frágil condição humana. Estou com um problema de saúde. Não poderei explicar aqui no blog o que se passou, seria muito violento. Apenas posso dizer que já me sinto melhor mas que continuo a fazer exames médicos . Sentia-me muito cansada e por isso não tenho vindo ao blog. Agora que estou melhor, virei sempre que puder. Obrigada Miilay por estranhares a minha ausência e te preocupares comigo... fica descansada eu vou ultrapassar mais esta prova. Vou morrer velhinha se Deus quiser, pois não se diz que "mulher doente, mulher para sempre"? E eu amo a vida, ainda tenho algumas coisas que quero fazer.

A todos desejo um  BOM FIM DE SEMANA 

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publicado às 17:09

Bom fim de semana :)

por Rosinda, em 22.06.12

“Acima de nós, em redor de nós as palavras voam e às vezes pousam.”

Cecília Meireles

 

Estarei ausente dos blogs durante alguns dias. Votos de um bom fim de semana para todos.

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publicado às 21:26

Porquê, não sei...

por Rosinda, em 31.05.12
Fotografia de Jorge Soares
NASCER ...
 
- Não, mais não… não aguento mais…
Mas, por mais que gritasse … a dor não desaparecia, nem se atenuava com as súplicas – uma dor interior, que lhe rasgava o corpo como nunca julgara possível acontecer.
A parte inferior do corpo… já nem a sentia. Primeiro um torpor, uma letargia enganadora que o convencera que aquela etapa seria breve, quase como que um adormecer.
Mas enganara-se.
Morrer, tal como nascer, não era fácil. Nem indolor.
Tentou mover a parte inferior do corpo. Os músculos não lhe obedeceram. Sob a pele, um frenesim de espasmos percorria-lhe o corpo, em ondas dolorosas que lhe toldavam a visão – deixava de ver.
À sua volta, uma névoa de fios brancos envolvia-o num casulo informe, reduzindo todo o seu mundo a um pequeno espaço sem luz, sem sons, sem cor. O final – pensou – é escuro e sombrio.
Uma dor mais aguda fê-lo contorcer-se, agitando-se convulsivamente.
- Já chega… que isto termine já… por favor…
Ninguém o ouviu.
Ninguém lhe atendeu o mudo pedido de um fim rápido.
Pouco depois, perdeu o controle da voz. Sons guturais escapavam da garganta, formando sílabas sem nexo ou sentido. Ao longo do tronco, a superfície da pele abriu fendas, e a vida começou a verter e a fugir-lhe do corpo, numa transformação voraz.
O ar, cada vez mais pesado, anunciava o fim.
Lutou com todas as suas forças, num esforço desesperado para se manter consciente. Mas era inútil.
A escuridão avançou, galopante… e ele deixou de ver. O casulo da morte cercou-o num manto espesso, enquanto o corpo se desintegrava, a um ritmo cada vez mais rápido.
Já não sentia dor, já não sentia nada.
O fim do mundo chegara.
E ele não podia fazer nada para o evitar.
Deixou-se levar…
 
Abriu os olhos.
Um céu azul brilhante recebeu-o de braços abertos, o sol ofuscou-lhe o olhar e de repente… descobriu que estava vivo.
- Estou vivo… estou vivo…
Estremeceu… e um par de asas douradas imitou-lhe os movimentos. O que se estava a passar ?
Voltou a olhar para o seu corpo… e não se reconheceu. Onde estava aquele ondulado macio, esponjoso, a sua barriga proeminente ? Onde estava a penugem finíssima que lhe cobria toda a parte superior do corpo ? Desaparecera. Tudo desaparecera.
No seu lugar, um par de asas deslumbrantes nascera-lhe no tronco, agora esguio e colorido, levíssimo.
Fechou os olhos, cego de luz.
Um aroma de polens perfumados envolveu-o, em êxtase absoluto.
- Então… morrer é isto… - balbuciou… - nunca conseguiria imaginar tal…
Estremeceu novamente e as asas douradas agitaram-se, elevando a pequena borboleta nos ares, trôpega e insegura.
A larva… toda a sua existência anterior, tal como a conhecia… não passava agora de uma mera recordação, cada vez mais enevoada e distante…
A vida continuava…
Uma leve brisa empurrou-a com suavidade e a pequena borboleta ganhou altura e partiu… rumo a um novo céu… e a um novo destino.
 

 Do blog entremares, escrito por Rolando Palma

(nasceu em 31-5-1962 partiu em 3-8-2011)

 

Farias hoje 50 anos... Estejas onde estiveres meu amigo, recebe o meu abraço19miniestrelasmgif

 

" Na mesma pedra se encontram,
Conforme o povo traduz,
Quando se nasce - uma estrela,
Quando se morre - uma cruz.
Mas quantos que aqui repousam
Hão de emendar-nos assim:
"Ponham-me a cruz no princípio...
E a luz da estrela no fim!"

 

NOTA: Durante a semana passada várias vezes me lembrei do Rolando, achei normal, até porque gostava imenso de ler o que escrevia. Mas na segunda feira passada à procura de uma frase sobre "nascer"para o postal que fiz para a Marta, fui parar ao blog entremares, exactamente a este texto. Reparei então na data do aniversário dele no post anterior a este.

Porque acredito que nada acontece por acaso, resolvi deixar aqui o texto deste amigo virtual que partiu precocemente e de forma brutal.

 

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publicado às 00:07

Saudade

por Rosinda, em 22.05.12

Suponho que já ninguém se lembrará, mas um dia eu escrevi num post:

 Sinto-me como uma formiguinha perdida neste mundo imenso...

Pois é, continuo a sentir-me uma formiguinha, com muitas saudades do formiguinho...!

Inspiração da imagem, que se há-de fazer?

.......................

A noite vem pousando devagar
Sobre a terra que inunda de amargura…
E nem sequer a bênção do luar
A quis tornar divinamente pura…

Ninguém vem atrás dela a acompanhar
A sua dor que é cheia de tortura…
E eu ouço a noite a soluçar!
E eu ouço soluçar a noite escura!

Por que é assim tão escura, assim tão triste?!
É que, talvez, ó noite, em ti existe
Uma saudade igual à que eu contenho!

Saudade que eu nem sei donde me vem…
Talvez de ti, ó noite!… Ou de ninguém!…
 Que eu nunca sei quem sou, nem o que tenho!

 

Florbela Espanca - A mensageira das violetas

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publicado às 22:14

Para mais tarde recordar...

por Rosinda, em 25.04.12

Dia de chuva, de muita chuva. Nem sai de casa e passei o dia de roupão enfiado. É que está muito frio... nem parece que estamos quase no fim de Abril.

Ou melhor, hoje é dia 25 de Abril e como disse no post anterior o meu neto Gabriel fez 14 anos. O lanche foi cá em casa e deixo o registo , para mais tarde recordar...

Os meus pais não vieram, porque tinham frio e porque hoje receberam a visita dos meus irmãos. Comigo estão todos os dias...

 

Mãe e filhos...

 

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publicado às 23:46

Fui a Ribeira de Pena, buscar mais uma pena...

por Rosinda, em 16.03.12
Pois é verdade, como o título deste post diz, fui a Ribeira de Pena, terra do meu pai e vim de lá cheia de pena, pena porque cada vez mais me confronto com uma realidade de um País que é o meu, mas onde a justiça, os valores e a honra se vão perdendo, dando lugar a situações estranhas, diria até bizarras e inacreditáveis para mim, até ontem.
Vou começar por dizer, que por ser necessário a pedido do IHRU, para actualização da renda, foi pedida às Finanças uma certidão de bens. Estávamos tranquilos, sabíamos que havia o terreno da minha avó e a respectiva casa (em estado não habitável) e sem partilhas feitas, por se desconhecer o paradeiro de dois irmãos do meu pai. Junto a esse havia um outro terreno adquirido pelo meu pai quando viemos de Angola, onde ele tinha videiras e árvores de fruto, embora já não se tratasse dos campos à alguns anos.  Até aqui tudo bem, só que na respectiva certidão constava que ele era dono de uma casa de rés de chão e primeiro andar, com 850 m2 de quintal numa outra freguesia, mais propriamente em Cerva.
Como nem o meu pai sabia de nada, resolvemos eu e a minha irmã ir com o documento às Finanças de Ribeira de Pena. E aqui começa uma surpreendente história.
A repartição de finanças era muito pequena e apenas duas pessoas estavam a trabalhar. Dirigi-me a um deles e expliquei o que se passava, não deixando de lado a hipótese de ser um bem herdado, uma vez que existia família que se foi perdendo ao longo dos anos.
O funcionário olhou para a Certidão e depois de dar uma vista de olhos, disse mais ou menos isto:
Sabe, é muito normal isto acontecer, provavelmente foi um erro ao fazer cópia das cadernetas antigas e foi atribuído o nº de contribuinte do seu pai a este senhor. Mas não há problema eu passo já outra Certidão!
Ainda lhe perguntei se o nome do "dito" dono da casa era igual ao do meu pai, mas nem me soube dizer...
Assim saio dali com uma Certidão que diz que sim, e outra que diz que não... confesso que fiquei com a pulga atrás da orelha! Será assim tão fácil resolver estes problemas?
 
Assim eu e minha irmã decidimos que antes de voltarmos, iríamos ainda a Cerva para saber quem era o senhor, para o alertar e deixar explícito que tínhamos receio de que numa outra altura, em vez de bens aparecessem dividas... mas primeiro queríamos ir onde morou a nossa avó.
O terrenos estavam cuidados, não existiam já as árvore de fruto, nem as videiras e no lugar da velha casa de pedra estava um casarão moderno, nitidamente construído à pouco tempo. Ficamos espantadas!
Custou-me ver as pedras da casa espalhadas em cada recanto. Lembrei que numa altura em que se quis fazer alguma coisa, nos disseram que não podíamos deitar a casa abaixo. Tinha um lagar antigo, onde ainda me lembro de pisar as uvas, numa das férias...
 
Fomos saber o que aconteceu e ninguém nos soube dizer. O terreno continua sendo do meu pai, as partilhas da outra parte que era da minha avó, nunca foram feitas. Na Câmara recusam dar informações sobre como se constrói uma casa em terreno alheio, dizem que só com advogado.
Chegadas às falas com a "dona" da casa ela diz que, comprou o terreno a alguém, mas recusa mostrar documentos. Soubemos entretanto que já trabalhou na Câmara e continua a ter alguns "conhecimentos".
Cansadas e tristes, olhávamos para o nosso pai, que incrédulo só dizia:
Fazei o que quiseres, eu  estou velho, não quero isto para nada! Sofri tanto aqui...
 
Ainda fomos a Cerva...
 
Para nosso espanto, ninguém conhece o dono da outra "dita" casa. Ela existe, está a ser feito um levantamento, para poder ser expropriada. Na Junta de Freguesia não consta nenhum nome igual ao do meu pai. Aconselharam-nos a falar com o Padre, pois ele deveria saber, não estava...
 
Viemos embora com uma sensação de revolta, a pensar nas coisas que se fazem neste país, onde até já nas regiões do interior, onde a honra e a palavra se sobrepunham a tudo, já não tem valor.
Não sei o que vão fazer os meus irmãos, eu, tenho pena, nada posso fazer a não ser ficar com a minha pena, porque até para descobrir as vigarices dos outros é preciso dinheiro.
 
Bom Fim de semana!
 
Rosinda
 

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publicado às 17:40

Uma chama...

por Rosinda, em 13.03.12

 

"Uma vela nada perde quando, com sua chama,

acende uma outra que está apagada

 Orison Swett Marden

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publicado às 18:01


"O próprio viver é morrer, porque não temos um dia a mais na nossa vida que não tenhamos, nisso, um dia a menos nela." (Fernando Pessoa)


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