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Parar não é interromper. Muitas vezes continuar é que é uma interrupção.
"Uma pessoa é capaz de brincar sem ser criativa....
Mas certamente não pode ser criativa sem brincar."
BOM FIM DE SEMANA (apesar da chuva)
Há muito tempo que não falo de mim, na falta de coisas novas e interessantes, tanto positivamente como negativamente. A minha vida é de facto uma vida carregada de rotinas. O tempo, que por esta altura devia ser primaveril, anda triste , sempre com a (lágrima) chuva a cair, a humidade já é tanta que parece que os ossos rangem a cada movimento é: Trec para a esquerda troc para a direita, ao centro?.. Bem... aí não acontece nada! Hehehe!
Hoje resolvi escrever porque se passa algo de novo, repetida durante 59 anos, entra agora a minha vida no ultimo ano da vida com CU... é verdade! Senão vejamos:
-Depois dos quarenta todos nos queixamos... é pá, já sou (qu)arentona! E passados dez anos, aos cin(qu)enta então... é só reclamar da velhice. Depois, bem... depois é que são elas!
Hoje faço cinquenta e nove anos certo? Ainda tenho portanto cin(qu)enta, daqui por um ano com sessenta?... Já não tenho cu nem nada!!!
Como é inevitavel que os anos passem, em todos eles aprendi e não quero que me tirem nenhum, portanto:
PARABÉNS A MIM!
Dias de chuva, frio e muito vento, Inverno na sua verdadeira essência. Na verdade cada vez gosto menos desta estação do ano, talvez porque de alguma forma choca com o meu Inverno da vida...
Esta árvore enorme, traz-me preocupada; O prédio que se vê por trás, tem nove andares, cada andar tem dois metros e meio de altura. Portanto ... 2.50x9=22.50 Se contar a altura que nitidamente ultrapassa o prédio, esta senhora árvore deve ter cerca de trinta metros! Altíssima!!!
Está mesmo virada para o quarto da minha filha e o medo que caia, tira-me o sono. Em tempos já caíram algumas, o que levou à retirada de outras pela Câmara. Cresceram demasiado em relação à grossura e tornaram-se um perigo. Porem, esta ficou. Tenho de confiar no Eng.. que diz que está segura e não inspira cuidados...
Bem, mudando de tema: Alguém se lembra que comecei a fazer um casaco de malha para a minha filha? Pois é... parece que afinal as minha mãos foram operadas em tempos, mas doem muito a tricotar. Então o casaquinho vai sendo feito, mas devagar... Hei-de acaba-lo e vai ficar lindo!
Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha.
Confúcio
Dia de chuva, de muita chuva. Nem sai de casa e passei o dia de roupão enfiado. É que está muito frio... nem parece que estamos quase no fim de Abril.
Ou melhor, hoje é dia 25 de Abril e como disse no post anterior o meu neto Gabriel fez 14 anos. O lanche foi cá em casa e deixo o registo , para mais tarde recordar...
Os meus pais não vieram, porque tinham frio e porque hoje receberam a visita dos meus irmãos. Comigo estão todos os dias...
Mãe e filhos...
A chuva cai, suave de mansinho e eu lembro de quando era criança. Como eu gostava de sair para a rua e sentir a chuva picar-me o rosto. Molhar-me os cabelos grandes que depois abanava , sacudindo a cabeça. Lembro minha mãe a ralhar; Maria! Vais ficar doente...
Talvez se o fizesse agora ficasse doente, mas nessa altura era jovem, cheia de saúde.
Esta noite dormi muito pouco. A chuva com seu murmurar suave, fez-me companhia. Farta de estar na cama , levante-me e vim para o meu cantinho. Sentada na minha confortável cadeira, deixei-me estar calmamente e continuei a ouvir a chuva que ainda cai lá fora. O cesto dos papeis contem demasiados pacotes de tabaco vazios, ando realmente a fumar demais, pensei.
Na noite anterior a esta, minha mãe descompensou completamente, ligou-me várias vezes durante a noite, crises medonhas de pânico fazem-na acreditar que a querem matar no hospital. Ontem a esta hora estava eu a caminho do hospital para tentar que se acalmasse. Não consegui...
Recusava os medicamentos e os alimentos. Depois de vista pelo médico, lá conseguiram que ela deixasse aplicar a injecção e tomasse o resto. Comer, mal comeu. Já rebentou três pontos com tanta agitação e tem a parte superior da perna completamente negra. Ontem disse-nos que ia morrer à meia noite se não assinarmos o termo de responsabilidade para sair do hospital. Gostava de poder ter passado a noite com ela, mas não é permitido. Telefonou-me por volta da onze horas de ontem ; Não tenho nem vestígios de sono ... disse. Mas já não falou da morte. Esta noite foi longa para mim. Espero que hoje ela esteja melhor.
É verdade que tudo isto são coisas normais, o fim da caminhada talvez se aproxime e deveríamos aceitar naturalmente o fim da vida. Mas isso são palavras, as tais palavras bonitas... mas que se distanciam muito da realidade. Porque a realidade é que sofremos quando sentimos que estamos perto de perder quem amamos e ninguém está preparado, por muito que tente.
Chove lá fora e chove no meu coração.
Rosinda