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Conversa de mãe para mãe e... para Mãe.

por Rosinda, em 16.11.12
Ferragudo (Lagoa) 
Toca o telefone, atendo: Tou, mãezinha, que se passa? 
Filha... eu sei que não gostas de ver as notícias, mas houve um tornado na terra onde está o teu filho... liga-lhe a ver se está tudo bem.
Esteja descansada minha mãe, eu vou já ligar...
Liguei para o meu filho com o coração apertado e logo que ouvi a voz dele foi cá um alívio! Felizmente estava e está tudo bem com ele.
Lamentavelmente o tornado que assolou hoje o Algarve, mais propriamente Lagoa e Sines deixou um rastro de destruição, alguns feridos e, segundo se consta por lá, pelo menos duas miúdas morreram ao ser projectadas contra uma parede.
Somos tão pequenos perante a força da natureza... e nestes momentos a oração é quase instintiva. Obrigada Mãe...

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publicado às 20:50

Dia de amor...

por Rosinda, em 19.03.12
(Fotografia do meu pai, tirada cá em casa no Natal passado)
 

Hoje, como todos os dias, dei um beijo ao meu pai, logo pela manhã. Mais "repenicado" disse-lhe na brincadeira, hoje é o seu dia! Não me surpreendi com a resposta dele:

É mais um, minha filha, igual aos outros!

Tomamos o cafezinho e eu fui para a fisioterapia. Não fazia conta de lhe dar nenhum presente, afinal, eu gosto de dar presentes sem eles contarem, sempre que vejo alguma coisa que lhes faz falta e que posso comprar.

À tarde, fui comprar pão e para o fazer passo numa rua que tem uma florista. De repente veio-me à ideia que nunca tinha dado uma flor ao meu pai.

Olhei para umas rosas amarelas e apeteceu-me comprar uma para ele. A florista queria fazer um arranjo, mas eu não quis , apenas lhe pedi para colocar um laço. Como conheço bem a minha mãe, sabia que ia ficar com ciúme e também lhe comprei uma. Fui então fazer-lhes uma visita inesperada...

Foi o meu pai que abriu a porta. É ainda, apesar dos seus quase oitenta e quatro anos, um homem alto e forte e o abraço que me deu foi tão apertado que até me fez doer as costelas! Ficou feliz!

Fui então ter com a minha mãe, que, como sempre, estava aconchegada no sofá e dei-lhe a outra rosa. O meu pai olhou para mim e disse:

Não leves a mal, mas eu vou dar esta também à tua mãe. Toma Goinha... (diminutivo de Glória)

Então dá-me um beijinho, disse ela!

Fiquei a olhar para eles enlaçados a darem um "chocho" e a pensar que, mais que assinalar o dia do pai, aquelas duas rosas amarelas, assinalavam um dia de amor.

Gostava de ter tirado fotografia, mas foi um acto espontâneo ter comprado as rosas.

 

Que sorte eu tenho por ainda ter os meus pais...

 

Rosinda

 

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publicado às 20:46

Dia especial

por Rosinda, em 14.11.11
 
 
Dia a assinalar no meu coração, há quarenta e um anos, às sete e vinte da manhã, fui mãe pela primeira vez.
Parabéns meu filho, que tenhas um bom dia de aniversário, aliás, que todos os dias da tua vida sejam bons...
Abraço-te com carinho e muito amor...
Rosinda
 

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publicado às 14:30

O meu abraço...

por Rosinda, em 14.10.11
 
Como decerto repararam, a minha casa de pedra nem aqui deu para fazer. A imagem demorava imenso a entrar e resolvi mudar de novo o visual do blog. Agora estão no interior da casa... onde as paredes são forradas de papel... (por acaso as de cá de casa, são pintadas, e por mim...) 
Parece até que estou feliz da vida, mas na verdade ando bastante apreensiva. Minha mãe piorou bastante, com acessos de verdadeira "loucura". Ouve vozes que a ameaçam de morte, recusa-se a sair de casa, foi incomodar os vizinhos (dizendo que os filhos deles a querem matar) e até já telefonou para a policia. Constantemente corro para lá.
Ontem por exemplo, já tarde,  telefonou a chorar que ouvia tiros e o meu irmão a discutir , fui lá, telefonei ao meu irmão que também veio tranquiliza-la. Dei-lhe um calmante e adormeceu. Hoje parecia mais normal.  Tem consulta terça feira em Coimbra em médico "famoso" na especialidade, permita Deus que ela melhore, pois é muito frustrante não poder fazer nada por ela.
É a minha irmã que vai com ela, eu vou ter que me ausentar por uns dias, vou fazer uma "viagem" curta e já prevista. Tudo o que preciso são roupas de dormir... (vou ser operada). Penso estar de volta no fim da próxima semana.
 
Desejo a todos um óptimo fim de semana e deixo-vos, o meu abraço.
Até breve...
 
Rosinda
 
 

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publicado às 21:34

Bom fim de semana!

por Rosinda, em 15.07.11

 

 

 

 Foi com estes rapazes que saí ontem, para mim são lindos...

Acabei por me aperceber durante a conversa que já havia um ano que não ia ali ao Largo da Oliveira.

Fica apenas a uns dez minutos de casa se for a pé. Fazem-se lá espectáculos ao ar livre e é muito agradável.

A Associação dos Antigos Estudantes do Liceu de Guimarães (AAELG) celebra meio século de vida, no dia 16 de Julho (sábado à noite).

A data será evocada no Largo da Oliveira, com a exibição de um Sarau Comemorativo, onde serão repostos alguns números das Danças de S. Nicolau, seleccionados de representações anteriores.

Fica a sugestão...

 

Desejo a todos um   BOM FIM DE SEMANA!

 

Rosinda

 

 

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publicado às 18:26

O que é preciso para ser feliz?

por Rosinda, em 06.07.11

 

Alterei a minha rotina. Normalmente uma das primeiras coisas que faço de manhã é ir à minha mãe. Depois de lhe preparar os medicamentos costumo ir tomar um cafezinho com ela, dávamos uma pequena caminhada, levava-a de volta para casa dela e depois é que começava a fazer as minhas coisas.

Um dia destes, dei comigo a pensar que passava no lugar onde habitualmente faço as compras durante essa caminhada que dávamos, então porque não levar a minha mãe comigo às compras? Assim evito a segunda caminhada e o tempo, que acaba por se fazer curto, para arrumar a minha casa da parte de manhã, como eu gosto.  Assim tenho feito.

Hoje andamos um pouco mais, pois precisava de comprar a tinta para pintar o cabelo, a loja onde o faço, fica um pouco mais longe, mas ela lá me acompanhou com relativa facilidade, mais devagar... mas chegamos.

Passei depois pelo Pingo Doce para fazer umas compras. Estava já na caixa e passou um belo exemplar do sexo masculino, olhei... "com olhos de ver" pois valia a pena!

Perto de mim estava uma senhora bem mais nova que eu, e a minha mãe, que me perguntou:

Conheces o rapaz?

Respondi:

Não mãezinha... estava só a consolar as vistas!

A minha mãe, que hoje estava óptima, não se surpreendeu com a resposta, apenas sorriu, conhece-me bem. Agora haviam de ver a cara do senhora que estava perto de nós! A mulher olhou para mim com uns olhos que, se fossem balas eu não estaria aqui!

Porque será que a maioria das mulheres não assume que gosta de olhar o que é bonito? Será que isso só é permitido aos homens? Lol...

 

Mais tarde a minha mãe já não estava tão bem... e telefonou-me muito alterada:

Ó Maria, perguntou; Tu levaste-me a minha gilete de depilar as pernas?

Mãezinha... a sério, para que traria eu a gilete? Eu tenho as minhas e se precisasse não o faria sem lhe dizer...

Não sei que se passa... disse ela, anda por aqui "bruxedo" desaparece tudo!

Não desaparece nada minha mãe, tenha calma e veja se consegue lembrar-se onde guarda as coisas...

Depois de um "Ó" de chateada desligou.

Passado um bom bocado voltou a ligar, a gilete tinha aparecido.

Perguntou-me se estava zangada e respondi que não, como é óbvio (aliás não estava mesmo, já me habituei...).

Então amanhã vamos tomar o cafezinho?

Claro mãezinha, mas não vamos andar tanto, pois tenho de ir buscar os seus exames e a mãe sabe que ainda é um pedaço, portanto vou sozinha...

E vais a pé? pergunta surpreendida.

Claro! Não tenho carro, nem asas!

Respondeu:

Não tens asas, porque não nascem, senão tinhas...

Silêncio do meu lado, como sempre que alguém me toca o coração... fiquei emocionada. Que coisa mais linda!

Amanhã será mais um dia... que seja para todos o melhor possível.

Rosinda

 

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publicado às 22:22

E a festa continua

por Rosinda, em 24.06.11

Ok, não ganhei o prémio da "janela colorida" ... mas estou satisfeita na mesma. Não assisti a toda a festa, não aguentaria. Ainda dura!

Mas registei embora não muito bem alguns momentos da festa de hoje, aqui ficam.

Esta mulher do chapéu, é uma figura castiça, vareadora da C.M.G.

O Presidente da C.M.G. e a Prada...

 

Duas irmãs gémeas que tocam concertina enquanto dançam, engraçado...

 

 

Rancho Folclórico da Corredoura

É tudo ouro, a senhora disse e eu acredito...

 

 

Lindas danças de salão...

 

Houve mais muito mais, cantares ao desafio e alguns cantores de musica popular.

O povo estava alegre e dançou, eu também!

 

Imaginem que dancei com este amoroso casal com quem passei a tarde de hoje.

Setenta e seis anos ela e oitenta e três ele, nada mal não...?  Sou uma vaidosa, eu sei. Mas acho o meu pai e minha mãe muito bonitos...

 

 

 

 Agora anseio que a festa acabe, pois lá fora continua a cantoria. Dois dias seguidos com musica e barulho até altas horas, é cansativo.

 

Rosinda

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publicado às 22:58

Caminhos e vidas...

por Rosinda, em 17.06.11

Nunca fui uma mulher que desse demasiada importância ao dinheiro. Há muito aprendi a não valorizar luxos e coisas supérfluas, qualquer "trapo"  serve, desde que goste e as "marcas" nada me dizem. Vou à cabeleireira só uma vez por ano para cortar um pouco ao cabelo, que gosto de manter em tamanho médio. Sou portanto uma pessoa de poucos gastos.

Contudo, preciso do essencial e está difícil, pois que não trabalho à cinco anos. As economias vão desaparecendo e sinto que sobrecarrego um pouco a minha filha mais nova solteira e a viver comigo. O dinheiro que lhe tenho dado, é praticamente para as despesas de casa, (renda, água, luz, zon, gás) os gastos com a alimentação são totalmente dela.

Tenho-me conformado com esta situação, o tempo vai passando, cuido da minha mãe e da minha casa e a rotina instalou-se totalmente na minha vida.

Por volta 8h e 45m tenho de estar na casa da minha mãe, não há razão para haver hora certa, mas o hábito é tal, que se me atrasar ela telefona! "Então, não vens? Já são horas! " Horas para quê? Preparar a medicação que coloco em taparuéres para o dia seguinte, fazer-lhe as camas e ir tomar o café com ela. Sou eu que vou com ela o médico, fazer exame etc... etc...

Tudo bem e até normal. Os meus afazeres não são muitos, sou a filha mais velha e os meus irmãos habituaram-se a que eu resolva tudo e esteja sempre presente.

Acontece que surgiu a oportunidade de eu ir trabalhar em Paris durante o mês de Agosto e primeira semana de Setembro. Caiu a casa abaixo...!

Mas alguém se preocupa se eu tenho ou não necessidade de alguma coisa? Não! Tive que pôr os pontos nos is e acabaram por concordar que eu tinha razão. É um bom bocado de dinheiro extra e vou para casa do meu filho mais velho, estarei portanto bem instalada.

Não disse ainda nada à minha mãe, vai ser complicado, mas ela tem a minha cunhada e irmão quase tão perto como eu e tenho que lhes relegar a responsabilidade durante algum tempo.

Os meus pais estão fisicamente em forma e à excepção do problema de esquecimentos da minha mãe, e da descompensação da cabecita dela de vez em quando, ela vai fazendo o almoço, tem uma mulher a dias que faz a limpeza, portanto é só fazer as camas e preparar os medicamentos.

A minha cunhada é jovem, não trabalha, tem empregada, pode muito bem fazer esse "sacrifício" .

Conclusão:

Está tudo aborrecido, a minha filha, porque lhe estraguei os planos de férias, os meus irmãos que parece só agora terem reparado que os pais estão "velhos".

Ninguém reparou que adiei a cirurgia que faria agora em Junho e só farei em Setembro, ninguém reparou que indo para França provavelmente não verei o meu filho mais novo a não ser no Natal, ninguém tão pouco perguntou se eu me sentia capaz de ir trabalhar num tipo de trabalho que nunca fiz.  Enfim, que importância tenho eu...?

Realmente, eu não preciso de muito, não gosto de luxos, mas já não compro um par de sapatos à mais de três anos e que saudades eu tenho do meu perfume...

Assim me sinto, com muita gente e tão pouca companhia...

 

Desejo a todos;  BOM FIM DE SEMANA!

Rosinda

 

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publicado às 15:03

Ufa...!

por Rosinda, em 13.06.11

Estou cansada...

Cansada de ser mãe, cansada de ser filha, cansada de sorrir e chorar por dentro. Estou em perfeita negação , desta vida que me prende, me atrofia e lentamente me transforma o coração. Estou cansada de dizer sim, quando quero dizer não.

Por isso me fecho no silêncio das palavras por dizer, nos medos de magoar, acabo eu por sofrer. Chiça! Como é difícil viver!     

No ansioso sentir aquilo que nunca tive, vontade de ser só eu, livre, livre, livre...

 

Rosinda

 

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publicado às 18:33

Caminha um pouco mais, minha Mãe...

por Rosinda, em 30.05.11

Caminhar em frente, objectivo: VIVER.

Para trás ficou um longo caminho,  VIVIDO 

Para todos óptima semana!

Rosinda

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publicado às 08:13


"O próprio viver é morrer, porque não temos um dia a mais na nossa vida que não tenhamos, nisso, um dia a menos nela." (Fernando Pessoa)


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